17.2.14

Carinhosamente...


Sempre fui romântica.
Sou extremamente carinhosa com aqueles que eu gosto, considero e admiro,
Seja essa pessoa um familiar, um amigo ou uma paixão.
Não... não sou “chiclé”... não grudo...
Até demoro a demonstrar.
Não sou bajuladora – não consigo ser.
Apenas gosto de tratar bem as pessoas, e não o faço por interesse,
Faço porque assim sou...
Uma vez, há alguns anos atrás, um colega da oitava série observou:
“Você só sorri... mesmo triste...”
Esse riso que esconde e disfarça.
Um riso que demonstra força;
Um riso que oculta a fraqueza.
Essa aparente força afastou de mim as coisas simples de um relacionamento,
Creio que as pessoas pensam que eu não gosto de certas atitudes...
Entretanto, adorava ver minhas colegas do ensino médio serem esperadas na saída da escola...
Aquele vai-e-vem de buquês e cestas de flores no corredor...
Ursos de pelúcia, infinitos tamanhos e cores;
Bombons que eram compartilhados com as melhores amigas;
Um bilhetinho do admirador secreto;
Uma SMS no celular de um número desconhecido...
Atos tão simples... tão pequenos, mas tão importantes...
Tão especiais...
Definitivamente, não sei o que é sentir isso...
Mas sorria pela alegria que elas sentiam.
A alegria do amor é contagiante.
Aprendi a aconselhar, por sempre ser observadora. Ainda hoje as pessoas me pedem dicas sobre o amor.
Nunca recebi flores, bombons ou bichinhos de pelúcia... nunca um bilhetinho...
Outrossim, recebi  sangue.
Ah! Esse sangue foi vertido por mim!
Essa vida foi entregue por amor a mim!
Não há amor maior que esse!
E é eterno...


Valquiria Brum.
17/02/14